Comunicação e teatro, uma história antiga
As relações entre comunicação e teatro datam de muito tempo atrás.
Estamos trabalhando a educação corporativa pela perspectiva das artes e da cultura na SKOK Educação Corporativa, mas não é de hoje que os assuntos se encontram. Pelo menos em outras áreas das organizações.
Uma das práticas mais comuns entre os profissionais de marketing e comunicação, a criação das personas, tem um diálogo evidente e profundo com técnicas artísticas, mais precisamente com o teatro. A própria palavra “persona” quer dizer “máscara”, especificamente as usadas no teatro, que cobriam o rosto dos atores sem ocultar a boca, de forma que eles pudessem ser ouvidos. Do latim “per sonare” (para soar), foi um pulinho para “persona“.
Foi no começo da década de 80 que o termo passou a ser usado para identificar um perfil específico de usuário, mas só no final do século XX caiu no gosto de profissionais e se tornou uma etapa fundamental para entender a jornada do consumidor e, mais recentemente, a jornada da audiência.
E o que os nossos comunicadores estão fazendo que não criar um personagem, com seus hábitos e todas suas características, assim como fizeram e ainda fazem, em outros contextos, os autores e dramaturgos?
Entender os processos de criação de alguns desses autores e diretores podem dar uma nova dimensão criativa e estratégica dentro dos processos organizacionais.
Em “Seis Personagens à Procura de um Autor”, escrita em 1921 por Luigi Pirandello, o ensaio de um grupo de teatro é interrompido quando seis personagens, criados e descartados por seu autor, invadem o espaço e exigem que o diretor que lá ensaiava encene suas vidas. A discussão que segue entra no campo filosófico do teatro e se torna uma análise metalinguística deste fazer artístico.
As personagens não querem ser representadas por atores, afinal de contas, quem melhor para levar ao palco as histórias de uma personagem do que ela mesma?
O que será que as personas criadas por agências e departamentos de comunicação pensariam ao entrar nesses escritórios?
Partindo de observações artísticas assim traçamos uma jornada de contemplação e exploração da criatividade. O ato de apreciar uma obra de arte associado aos processos de capacitação criam memórias de longa duração, além de criar sinapses por “caminhos” diferentes, em que a subjetividade tem um papel fundamental e cria possibilidades para inovar.
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